terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

tão suave

passos longos, certos e escuros. és assim. caro amigo, doce e vivo ! não sei , o que sinto quando olho para ti, é tanto orgulho como mágoa. mágoa á vida, por te ter levado para a escuridão, a ti ... e tantos outros que a luz têm e a levam para caminhos negros. e tu , tão feliz e lutador, por uma luz , discreta e certa, alinhada e útil, davas qualquer coisa . apenas tu! que lutas sem cessar, pelo sorriso do viver, pelo gosto do lutar. e porque ? porque tu, sabes viver, á tua maneira. queria eu... poder aprender ! á tua beira, nada sou. tu és grande, tanto ou mais maior que todo o mundo, e a tua força, daria para o erguer só com um sorriso. eu, apenas sou tua aprendiz, ainda incerta e imatura, que caminho a teu lado, segurando teus braços, protegendo as tuas quedas, alinhando a tua corrida, pela linha azul que segues, tão prospera e infinita. a linha que te encaminhará ao horizonte. a linha da luta, equilibrado, por ela caminhas .

sem sentido.

é tudo assim, tão sem sentido, por vezes. amargo e cru, despido e revestido. falso e verdadeiro. e eu aqui, a lutar na esperança de por tudo pronto pronto, de colocar o mundo preparado para a tua vinda. e tu partis-te , tu partis-te, sem me valorizar o suficiente. sem me agarrar e aproveitar qualquer sinceridade. fui um número, tão crú e vazio nessa tua agenda. um simples nome, que te chateava em horas vagas, que te colocava noutro mundo, que não gostavas de pisar, mas que até achavas piada. e agora, quando eu me apaixonei por esse mundo largas-te-me , e eu fiquei nele tão só e triste que fugir era a minha ultima solução. levas-te contigo a brisa suave, os doces olhares e os sinceros sorrisos. levas-te ainda as cores do arco-íris, deixando o preto e o branco. levas-te as estações do ano mais belas, deixando o menos bom de cada uma . levas-te os dias longos e bons , e os curtos de maus. deixas-te-me com uns longos maus, e os curtos bons. e eu aqui.. tão só e triste! e tu aí, ali, mais além, sem que voltes, vais e jamais vens. nessa vida tão a leste de mim, separados por ti, unidos por mim, sem que vejas nem sintas, deixas-te-me assim.



(um texto, não me apela propriamente á realidade, quem sabe, a medos e desejos, tristezas e felicidades, feridas escondidas, sorrisos perdidos...)

pesadelo


de que serve esta neve tão branca, se os troncos se queimaram por fogos por nós provocados?
de que serve avisares-me da neve, se o cenário só me despertará tristuras encobertas? vê bem, vê o cenário que te rodeia, destruçado. vê bem, este padrão que concluimos a pintar ! não posso pintar tudo de branco, por cima. Não posso enche-lo de neve, para cobrir as fendas. vou virar costas, tu não entendes que me dói, vê-lo assim. ver o nosso mundo, destruído pelos fogos, e nós fracos orgulhosos, sem coragem para o mudar. por querer ou não querer, não agimos. não pode ser um agir individual, deveria ser colectivo. mas tu não percebes ! para mim, é mais fácil falar-te por textos incertos. por cenários destruídos , fotografados pelo coração. a mentira destróí-me, mas não foi a mentira que me enfraqueceu, porque sei que a mentira de ti nunca veio. o que me destrói, é a indiferença. Não basta um 'amo-te' , quando me ouves falar. se queres dizer 'que chata' diz, sempre são mais palavras, sempre farão mais , que um simples 'amo-te' , que nestas alturas, vem tão vazio. o que me alcança, é o olhar que foca o que foi construído, e que em mim, não se destruiu. um desenho, tão forte e sincero, um gesto, tão seguro e eterno, um telefonema a meio da noite, que até sem palavras pelo nervoso miudinho fiquei, que acabei por dizer mil e uma coisas a leste, sem ir logo directa. ainda me lembro também das lágrimas, doces e cruas, felizes e quentes. prometi a mim mesma que não chorava nunca mais, mas sinto-me com vontade de encher este cenário de lágrimas, de derreter toda a neve, tornando-a apenas em gelo . ou até que ela se evapore ! não quero vê-la sobre as cinzas que o fogo gerou. quero vê-las sobre as árvores. agora pergunto-me, onde está a casinha da árvore? de madeira? onde está? será que resistiu? e os traços , os desenhos que a resguardavam? eram de papel, será que foram queimados como todos estes troncos? ou será que foram mais fortes? a única coisa que sobrevive foi o ''amo-te'' que me preenche o coração e o pensamento, porque o meu olhar, brilha de tristeza, por um jeito que nem eu sei, porque não sei o que se passou, apenas vejo o que não queria ver , e sinto o que não queria sentir "vazio".

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

pensamento

deixa-me entrar no teu pensamento, ou partilha-o comigo. partilha comigo tudo o que feridas te deixou. não te feches sozinho aí, agora tens-me contigo, lembra-te disso. eu sei que não estás bem, te fazes de forte, mas te doem as coisas no coração. sinto-o tão fraco, tão triste e cabisbaixo, não me digas que estás bem, eu conheço-te. eu sinto-te dentro de mim! eu vejo que não estás bem ! imagino a tua revolta, a tua tristeza por te sentires tão perdido no mundo, eu sei que o sentes. todos o sentimos, mas tu és forte. apesar de muitas vezes te fazerem rebaixar, ou melhor, de tentarem faze-lo, não vão conseguir. eu estou contigo, vamos vencer qualquer coisa. qualquer raiva, qualquer tristeza, qualquer dor/mágoa. eu estou contigo ! Não te vou abandonar, nunca te vou deixar sozinho! venha quem vier, aconteça o que acontecer, eu vou-te proteger sempre ! não vou permitir que te magoem, que te tirem o teu sorriso . eu estou aqui, sempre aqui ! para ti, e por ti, ficava noites sem dormir, privava-me de tudo o que me faz sentir bem, porque tu és quem me faz sentir feliz. e nao te quero ver em baixo ! Nunca . És muito mais que um simples ''rapaz'' és a vida em pessoa, a minha vida. não te vás abaixo , eu estou aqui, sempre contigo . lutar e vencer, nós sabemos fazer isso, nós conseguimo-lo fazer .

não chores

porque choras ? porque choras nesta noite tão intensa? porque choras e te fechas ? porque escondes essas lágrimas ? deixa-me limpar-tas . deixa-me chorar contigo ! não te escondas. não vale a pena esconderes-te. pois eu vou sempre atrás de ti ! vou-te procurar sempre, vou-te destapar da dor, sempre que com ela te cobrires , vou dar-te a mão, sempre que caires. não te escondas, e não chores ! nada merece que chores. para que chorar ? vale a pena ? ainda por cima, quando te escondes (...) por chorar ? chorar é doce, mas tão amargo. tu, não podes chorar , promete-me que sempre que chorares, me vais chamar? só quando chorares de felicidade é que to vou permitir.

adormecido

acorda, não vês ? não vês que não vou estar sempre aqui? estás-me a deixar sozinha, e não o vês. estás cego pelo tempo, que te enche o olhar de sono. tu não vês ? és tu que estás errado. estás decadente nessa estrada da vida, porquê que não reages? estou-te a suplicar ! acorda, por favor acorda. o mundo está a entristecer, o arco-íris está a preto e branco, o meu mundo está em mágoa. onde estás ? porque dormes tão profundamente? e eu aqui.. há tua espera ! espera tão demorada e inútil, tu não acordas, tu para mim não queres acordar. o teu barco, prendeu-se a outro cais, largas-te o meu porto-seguro. não te deixei á deriva, tu próprio pegas-te na corda e partis-te. estás preso noutro cais (...) não entendo o porque . não entendo porque me deixas-te assim . não vês que doi? não sentes o quanto doi (...) porque eu, eu preciso de ti.

noite

a noite chega tal e qual como vai. e eu aqui, acordada vejo-a passar, vejo-a correr. Por vezes parece-me tão apressada, mas por outras vezes , vejo-a tão monótoma. entendo que a noite não é menos, nem mais que nós. nós também nem sempre estamos bem, nem sempre estamos com o mesmo espírito de luta, de garra e de conquista. mas , mesmo assim, vejo-a viver. ela é um simbolo de eternidade, mesmo que nós morramos, mesmo que nós deixemos de existir, ela vai existir sempre. vai iluminar e acompanhar os que a vida viverão após a nossa fuga. mas a noite (...) a noite é uma mão que nunca nos larga ! a noite ajuda-nos sempre. nunca nos deixou sozinhos, está sempre connosco. observa-nos dormir , observa-nos a chorar, e lança tantas brisas para que as lágrimas fujam do nosso rosto.

saudade

e se as saudades me abalarem? me fizerem o seu alvo, e me acertarem com todas as flechas que houver para lançar ? e se a dor for superior á força , e eu cair, inconsciente na saudade?
tenho saudades tuas ! de te ouvir matinalmente e ao adormecer, de sentir o teu cheiro pelos corredores desta casa, de ver as tuas peças , de sentir o teu rasto presente. de sentir o teu abraço, o teu beijo tão aderente na minha face ainda adormecida. tenho saudades, de sentir a tua presença perto, de me falares do que vez no meu rosto, ou das mil e uma maneira como o meu sorriso é dono do mundo. tenho saudades (...) de te acordar com mil amaços, de te gritar sonhos ao ouvido e ver o teu rosto feliz, tenho saudades de te tocar nas rugas que os teus olhos formam nos cantos, quando sorrimos um para o outro, tenho saudades de quando me olhas com orgulho, de ficar apressada pela tua chegada . tenho saudades de me agarrar ao teu forte corpo e de te dizer que és o meu reflexo. tenho saudades tuas ! tu sabes bem, o quanto gosto de ti . o quanto me orgulho de ser o teu pedaço, de ser a parte que veio de ti. Tu sabes bem , que me orgulho de tudo o que me ensinas, e me fazes. tenho saudades de me sentar no teu colo, de sentir as lágrimas cair quando vejo aquele dia chegar, o dia em que partes. Tenho saudades de me chamares de mil maneiras, de me levares a sítios que nunca fui, de me apertares a mão com toda a força e digo-te , foste tu que desenhas-te as linhas do meu coração, foste tu que me recortas-te no céu, foste tu que me traças-te as linhas que tenho na mão. estás sempre comigo, e lembro-me sempre de ti. as saudades estao a apertar tanto, e estou aqui, não sei para onde me virar, nem quero falar com ninguém. aguento sempre, mas hoje isto apertou tanto. quero correr contigo pelo mundo. és o melhor ! isto passa, passa sempre, mas só descanço quando te vir aqui, perto de mim. e nessa altura, vamos parar o tempo. não quero a tua partida. apenas uma chegada .
Pai .

espera

estou á tua espera, não te vejo a vir. não ouço os teus passos vagos, ou certos. não estás aqui, fugis-te, como no dia em que ambos saimos da gaiola que nos prenderam e aprendemos a voar, juntos esvoamos os céus mais bonitos, descobrimos os seus segredos mais misteriosos e desenhamos nele, com as nossas leves asas brancas. eramos pássaros, em sonho. sabiamos voar como ninguém ! bastava sonhar, mas hoje. hoje vi que nem essa viagem ao sonho te fez ficar, foste embora. fico horas a ver se vejo o teu remetente, uma carta que talvez deixasses por de trás de respostas incertas e vazias. mas não a encontro, talvez nem te lembrasses de a escrever. não foste tu que me perdes-te. tu quizes-te perder-te sozinho, no céu. esqueces-te-te de mim, por uns breves tempos, não sei quando te voltarás a lembrar, ou até mesmo se isso irá acontecer. tentei chamar por ti, sei que ouvis-te essa chamada, essa palavra, mas mesmo assim ... mesmo assim tu não voltas-te inteiro. respondes-te, mas como se de nada se tratasse. esqueces-te-te, que te conheço. que sei quando mudas de rotas, de maneira de voar e de falar. quizes-te partir, aos poucos foste-te afastando, esquecendo as promessas , as palavras, os momentos, quem sabe, se não foram tudo mentiras, da tua parte ? sinto-me assim, como se tivesse perdido todo o meu interior, ficando um vulto amargo e incerto nesta hora. chamo-te, mas não entendes. pensas que está tudo bem, porque tu próprio te sentes bem assim, "em mudança" "de partida". talvez o erro aqui seja eu, que espero sempre por ti, e sempre me avisam que a espera nem sempre é satisfatoria/saudavel. e sento-me aqui, neste banco da estação de comboio, talvez eu e tu nos cruzemos, quando ambos entramos para os comboios, para as carruagens opostas de destinos diferentes. e isto, será um medo, ou tudo uma realidade? não vás.

irradiar

é um reflexo, incerto e tenebre que o sol me faz no vidro. consigo vê-lo, e o que por de trás do vidro existe. vejo a floresta, rodeada por falhas e obstaculos. vejo a meta, e pessoas a treinar para até ela chegarem. Vejo quedas e feridas, ganhas justa ou injustamente. vejo pessoas irem embora, desistindo de á meta chegar, vejo corpos no chão e ouço gritos dolorosos , em becos do silêncio. e eu aqui, ainda não é a minha hora de ir percorrer o que a vida me trás. Olho para o relógio, mas mesmo assim, eu não sei a hora da minha partida, apenas sei que quando chegar não vou ter tempo de ouvir o relógio, de sentir o peso das pernas. terei de partir, e também não posso idealizar como vou percorrer tudo aquilo, apenas sei que terei de começar devagar, descobrindo e antecipando as quedas e fendas que o percursso tem, não vou querer cair, mas se cair, levantar-me-ei. o sonho de chegar á meta manter-me-á viva, não vale a pena pensar em desistir, para isso recusar-me-ia a participar. recusar-me-ia a viver.

batalhar

é uma batalha. onde eu estou inserida ! o medo abrange-me a força, e eu aqui, impotente perante tantas armas. sinto os olhos a tremer, estão incertos do que vêm , do que aquele cenário lhes trás. não é a guerra sangrenta que o páis tantas vezes observa por um ecrã. é sim a guerra que todos sentimos e muitos escondem ! a guerra de memórias, de passados inacabados e presentes temidos. é disto que falo, é isto que vejo também . vejo tantos corpos incapacitados no chão, travados pela tristeza, cairam ali amargamente. estão imputentes, já nada podem fazer. eu estou aqui, tão singela e pequena, que não me realço no meio da multidão que felinamente vai lutando. não importa se o jogo é justo, ou falso. não importa se é verdadeiro ou ilusionista baseado na mentira. ninguém se importa com isso . não sei no que esta batalha em que todos participamos , irá dar. mas sinto que é melhor virar costas, não é o meu meio, não me sinto bem aqui.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

ondas do mar


Tudo começa de uma semente, nem sempre se aguardam os frutos. Por vezes, quando menos se espera é que eles se desenvolvem, e foi assim connosco. Nunca esperei , que nós nos tornassemos assim, tão fortes, tão grandes. A semente que caiu na planície, tornou-se numa árvore, uma árvore tão grande, tão vistosa. A maneira como a semente caiu, não tencionava criar nenhum sentimento, nem se fortalecer. Mas , criou e fortaleceu-se. Está tão grandiosa. Escuta-me, começamos devagarinho, com palavras bruscas que se tornaram em meiguice e cumplicidade. Olhavamos o rio, e na água, não nos importavamos se ambos lá estavamos. Com o tempo, foram surgindo os primeiros textos, os primeiros desenhos, as primeiras discussões e brincadeiras... Com o tempo, foram surgindo os desabafos . Já aconteceram coisas que nos podiam ter deitado abaixo, que podiam ter-nos feito parar do sonho de construir o nosso mundo, uma árvore, uma casa no seu topo. Mas, nunca desistimos . Nunca fomos abaixo, lutamos sempre. E conseguimos atingir o sonho, lutando, juntos, invencíveis. Lembro-me de estar a nevar e de acordar com a tua mensagem. O abraço tão prometido na neve, que acabou por não ser dado. Mas não me importa se está a nevar, ou a dar sol. O abraço que te darei, que te dou, é sentido. Fecho os olhos, e nada mais importa a não ser a fortaleza de como te agarro, como te sinto tão forte , preso em mim. Se te perdesse, perderia todo o mundo . Porque contigo, aprendi a sorrir, a sonhar e a ser feliz. Aquelas mensagens mandavas, do nada. "Poeticas" . E quando ouvia a tua voz, quando alguma zanga acontecia. Eu por mim, adormecia todos os dias a dizer-te ''amo-te'' ao ouvido . Por mim, agarrava todos os dias o teu braço, dava-te a cada segudo um abraço, sem nunca parar. Voltava atrás e fazia receber as mensagens mais marcantes a cada momento, e quando estou triste, olho cada desenho . Cada mensagem dessas , não tenciono ter uma nova mensagem, um novo desenho, por obrigação. Apenas esses , que foram feitos, essas que foram ditas , foi tudo sentido, verdadeiro. E o que daqui em diante for feito, enviado , recebido, será ainda com o maior sentimento , o mais verdadeiro. E agora, agora que criamos o mundo, vou até á lagoa, e tu estas-te a olhar serenamente na agua. e chego até ti, agora olho-te e estás lá, e isso faz diferença. Porque quando não estiveres lá, vai significar que te perdi, e espero que isso , nem chegue a acontecer. Lembras-te de quando te dei socos , e tu disses-te que não tinha força? Não me importa não ter força exterior, mas sim a força no maior sentimento do mundo.
E quanto a ti, és aquilo que nunca vi . O teu rosto, branco de paz. O teu olhar, brilhante de estrela. O teu cabelo, brisa suave . E o oceano , percorre o teu corpo. Tão calmo e sereno ! Tu, és perfeito, e ai de quem diga o contrario . Porque aí, eu vou apenas dizer :
- A perfeição é ser-se o que se é e nunca se mostra, e mostra-lo , fazer as pessoas sonhar, fazer as pessoas sorrir , e mesmo assim ter a capacidade de sorrir também.
E tu Luis, sorris, fazes-me sorrir; sonhas e levas-me a sonhar ; e a segurança , é a base da nossa arvore, em conjunto com a confiança.
Não para sempre, mas para além do sempre "imortais"
amo-te

domingo, 8 de fevereiro de 2009

amar

(amo-te) e é com esta palavra, que agora todos vivem. Com esta palavra, que devia ser única, tornou-se tão vulgar. Perdoem-me se estou errada, mas sei-o . Sei que não o estou! Vejo pessoas, que se conhecem numa hora, num momento, e o ''amo-te'' acontece logo. Já não é necessário sentir, apenas dize-lo . Dizer é fácil, tão fácil como encher um copo de vidro. O pior é quando enchemos o copo, com um líquido tão quente e partimos o copo. E a pessoa, que estava com o "copo" na mão, cortou-se com os vidros que dele surgiram. O amor, não é um líquido quente, e não é assim tão estranho quanto as pessoas o fazem. O amor, sente-se, pode não se descrever, mas é possível ve-lo, senti-lo . Hoje olhei o mundo, da minha janela , abafada por suspiros mudos, e vi os ''amo-te'' cairem do céu, mas não vinham com pára quedas, e morreram ao chegar á superfície. O amo-te, nunca surge num dia, e não me venham com argumentos que não é o tempo que importa. Amor á primeira vista? Não, não é amor. É atracção física. Agora, falem-me de amor ao confundi-lo com paixões. Falem-me de amor, quando só importa ''comerem-se'' . Enfiem-me tretas na cabeça, porque eu não vou acreditar em nenhuma. E não vos vou falar de amor, um dia, todos perceberemos :)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

estar assim

Tudo está assim, a vida parou. E tudo está assim ! As flores, não abrem , os risos não fazem ruído, os olhares não brilham. E tudo está assim ! Está tudo assim, e eu estou aqui, assim também. Há muito tempo, que já aqui não parava. E tudo ficou assim, imóvel e sombrio. Triste e vago. Não sabia ao que recorrer, e agora estou aqui. Estou aqui, orientada por palavras , e continua tudo assim. Não é a saudade que se solta, nem o beijo amargo que se enlaça . Não é a virtude ou o defeito, não é por desejos ou confissões que tudo está assim.
Tudo está assim, sem ter um único jeito. E tu, aí perdida no mar, sem saber a que rocha te agarrares, estás assim, tal e qual a mim.