domingo, 17 de maio de 2009

noites

Vagueio, o mundo dorme e tudo parou. O movimento das ruas é quase deserto e eu presa no seu momento certo, desvendo-me . Tento acordar o mundo, mas os meus gritos são ecos mudos do incerto. E eu, de leve precorro cada momento desastroso e páro, choro, por momentos desvaneço, mas nunca morro. Perco-me, e afasto-me . Muitos me chamam, mas eu surda e derramada, continuo á derriva da incógnita pesada . É dura e mole ao mesmo tempo, mas pesa tanto que é o suficiente e me sufoca. Vejo mãos que me tentam puxar, braços que me tentam amparar mas o meu destino não é esse, e poucos são os que vejo com passos certos e prontos para me acompanhar. É nessas noites, cada vez mais densas que o meu sorriso se esbate, o meu rosto palidece e a tristura passa a textura das minhas pequenas rugas. Ainda sangro de todas as vezes que caí e ainda grito e me levanto, mas a verdade é que nunca senti o frio devorar-me a dor nem o calor devorar o amor. E nesta noite, sem conseguir dormir, danço no gelo da colina, sozinha, felina, sobre o manto adormecido do mundo, e grito por ti . Pena que é um grito , mas hoje é mudo.. e tu, tão surdo...

1 comentário:

  1. Mal, pouco e quase nada te conheço, mas cedo me apercebi que és uma alma bondosa...vejo, por entres sombras que somos parecidos...mas isso tu não mereces, tudo menos ser parecida comigo...porque todo o mal levo nas costas, e, se o teu mal conseguir carregar, então gosto terei e força ganharei para continuar...porque não quero que sejas parecida comigo, pois não o desejo a ninguem...apenas e sinceramente te digo, agarra-te as mãos que ves, esforça-te por ouvir aquele chamamento, vence o frio, vence o medo, pois tu, Isa, tens poder de mudar o mundo num só segundo! Mundo esse, que carrego nos meus ombros...Mundo esse, que tento reconstruir a cada passo dado...

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é o sentir , o querer , o sonhar. é o escrever, voz muda em pensamento eterno. Viver !