domingo, 17 de maio de 2009

chega

penso que chega de tantos gritos fechados, tantas tristezas paradas. Penso que chega, deixar correr esta água de uma nascente mas da qual não encontro a foz do riacho que me corre os pés, e refresca a alma. Penso que chega, de lágrimas derrubadas na solidão, de gritos em vão, eu quero que chegue, de um toque calado desta imensidão. Diz-me que chega, que me proteges do vento, que tudo o que se passou foi mero contratempo. dá-me a mão, guia-me perante a escuridão, mostra-me a luz que sempre me iluminou, diz-me que ela não se calou e que foi sempre a luz do meu coração. diz-me que chega e dá-me a mão..

1 comentário:

  1. Eu te acompanho, para onde quer que vás, sempre com uma lágrima no canto do olho, pois vejo que não posso chegar mais perto...não deixes que o riacho te refresque apenas a alma, deixa que te refresque todo o teu corpo, deixa que te alimente a alma, para que possas encontrar a sua foz...não deixes que essas lágrimas derramadas sejam as tuas...não deixes que algum dia venham a formar o riacho, pois aí poderás perder-te na busca pela sua foz...questiono-me se o contratempo se dirija a mim, caso sim, não, não foi mero contratempo, procurei-te para que te possa ajudar no que precises...a mão te darei, guiarei-te pela escuridão porque conheço todos os seus caminhos...não te mostrarei a luz que te iluminara, simplesmente ta darei! A luz, te digo, não soi sempre do teu coração, foi sim do teu olhar, sincero, intenso mas suave...o teu coração foi apenas aquele que alimentou essa luz...
    caso o contratempo e todo este texto não seja dirigido a mim, esta incógnita, este mistério, apenas te digo que estejas onde estiveres, se continuares a escrever, eu continuarei a escrever e continuarei a teu lado, embora permaneça escondido...

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é o sentir , o querer , o sonhar. é o escrever, voz muda em pensamento eterno. Viver !