domingo, 5 de abril de 2009

acabou

agora entendo. As cortinas fecharam-se, as luzes apagaram-se, acabou . O fingimento terminou. Jánão ha um teatro para trabalhar, já não tens o guião para decorar, já não tens o ponto , para te ajudar quando das falhas te esqueceres. Agora percebo, não passou disto. Fui a tua marioneta, a tua personagem . Mas quando tu contracenavas comigo, por momentos acreditei , no que dizias, pelo teu olhar. Até o teu olhar e o teu riso conseguis-te fingir tão bem. És um grande actor. Perdoa-me se não sou assim tão grande actriz, ou entrei demasiado bem na peça. Ser actriz é fingir, e eu não fingi, eu levei aquilo assério. Tu falavas e desenrolavas e eu deixe-me levar , pelo que que dizias, pelo que fazias, pelo que em mim despertavas. Mas agora não entendo, porque me fizes-te isto. Magoa saber, hoje sei. Magoa saber, e so hoje soube. Tantas vezes te perguntei, tantas vezes te questionei e tu, sem tolerar respondias o que o coração fingia sentir, e os meus olhos brilhavam, o meu sorriso existia e perdurava. E agora, arrancas-te-me tudo. A vontade, a felicidade. A lealdade e quem sabe a inocencia de acreditar. A verdade de sonhar. Não me arrancas-te o sentimento, destruis-te foi o sitio onde ele vivo, o coração. Só sabes falar por palcos, por mascaras, queria que me olhasses nos olhos, constracenasses comigo novamente, sem teatros, eu e tu na realidade. frente a frente, como se nos estivessemos a preparar para nos confrontar , dois espadachins. Queria isso, uma luta de verdades, estás a precisar de entrar na realidade, mas tenho a certeza, que com uma palavra, a minha espada feita a palavras, te espetaria no bom senso, e quem sabe no coração . Porque foi com isso que tu brincas-te, com o coração. Espero que tenhas noção do que o teu teatro fez . Deixas-te-me no oceano, e não quizes-te saber se consegui nadar até ao ínicio do mar, se embati nas rochas, se chorei e me afundei. Simplesmente, agora pensas que o teatro, ainda não está descoberto. Mas por muito que custe, o tempo passou ! Podias ter relembrado que não sou perfeita, mas sou sincera, verdadeira. E tu? Não quizes-te saber das vezes que ás minhas mãos te agarras-te; Não quizes-te saber das feridas que te curei ! Tu ? Tu não quizes-te saber. Agora entendo, dei-te demais de mim. Não foste mais que o mundo, fizes-te da vida , da verdade um palco, e nele só dramatizas-te mentiras. Porque ? refugio-me , preciso do silêncio, não quero saber mais . Nao preciso de mais, eu e o silencio, longe do mundo. As frases magoam, nao soubes-te cuidar de mim, e agora, também já é um pouco tarde. Ainda pensei , que fosses a tempo de me limpar as primeiras lágrimas, mas até nisso chegas-te tarde. Já muitos a tinham compreendido. Mas quero que saibas que ainda vou querer o dueto, eu e tu . Frente a frente, verso a verso. Queres razão, eu dou-te a razão . Mas tens de lutar por ela, porque quando me apontares o dedo, vais ter 4 virados para ti . E mesmo depois disto, não me revolto, e ainda te amo, e fico aqui.

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