segunda-feira, 30 de março de 2009

não sei

és incerto. Tanto me amas como me desprezas. Mas temo dizer-te, as coisas não vao sempre assim. Não vão ... A espera vai um dia terminar, e talvez aí tu entendas o que te disse, os gritos que proclamei, as saudades que senti.. Quando fores tu a sentir, mas nesse dia, em que eu partir , não será tarde demais? Não queiras viver no mundo, quando o mundo terminar. Peço ao vento, que leve o meu cheiro , para que nunca te esqueças da minha existência. Mas tu não imaginas, sinto-me tão ... não tenho palavras. Eu não te consigo perceber, não sei o que queres. Não sei como vives. Não sei onde estão todas as juras, todos os desabafos, todos os momentos, todos as gravações... Tu sabes bem o que me és, e o quanto me és . Eu lembro-me de tudo , de tudo o que me disses-te, de tudo... Do quanto me fazias ser especial, o quanto me fazias sentir tão bem ... Não estou habituada a ter-te longe.. Tu não imaginas , o quanto doi as coisas que as vezes lanças. O argumento, de nao falares 24 horas comigo, nao significa que não sintas. Mas sabes, estás errado, quando se sente, não se quer mesmo perder a pessoa, e faz-se de tudo (...) ficar uma hora é complicado, 10 ainda mais, 24horas é uma tortura ... Eu lembro-me de como as coisas eram, e de como de repente ficavam. E não é so de agora, que não tens mensagens ... Já não falavas comigo, com tanta frequência. Já não te preocupavas em inovar os temas ... Bastava dizer «amo-te» , estava tudo bem .. Mas as coisas não são bem assim. O mundo, é feito de plantas, feito de animais, feito de tudo o que jamais imaginamos. E esse tudo, é preciso cuidar. Regar as plantas, tirar-lhe as folhas velhas, só assim é que ela vai viver, estimando-a, cuidando dela... E se a planta morrer ? uma planta não faz assim muita diferença .. mas uma planta, pode levar outras coisas atrás, tu próprio podes-te esquecer de todo o mundo, por 24 horas, que depois esquecer-te-ás durante 48 e assim sucessivamente. Quando deres por ti ... Quando vires que as flores já não estão a florir para ti, que o céu já não está azul por ti, que os caminhos não são fugazes para percorreres livremente, e que as estrelas fugiram todas. Talvez aí, entendas que devias ter cuidado o teu mundo, em todas as alturas. E nessa altura, talvez o queiras ter de volta. Mas ainda irás a tempo? Só quando perdemos aquilo que temos , é que nos apercebemos de tudo.
É escusado perder não é ? É escusado teres de dormir e pensar , no que poderia ter acontecido se não tivesses perdido. Nunca é tarde, é o que dizem. Mas quando tudo morre, tudo acaba, será que há mais alguma coisa a fazer ? Será que basta ? Temos de aprender a estimar aquilo que realmente queremos e entendemos gostar. Aquilo que realmente nos faz bem, eternizar com certeza. Não podemos deixar as coisas perderem-se, excepto se realmente não precisarmos delas.. Mas, eu preciso de ti.. E será que tu só vais entender se precisas ou não quando partir? Quando for embora, quando for eu a entrar pelo comboio e jamais quererei voltar ...? Quando ouço aquele clip de voz, quando vejo os desenhos, quando sinto a tua argola (...) Só queria que nos tornassemos a lua e a agua, não importa quem é quem, apenas ali naquele momento, estivesses deitado sobre mim, calmamente, e percebesses que há coisas que não têm discrição, coisas que basta sentir. Cada momento, cada abraço, cada toque... Cada protecção da chuva, cada magia, cada silêncio, cada brilho no olhar... Há coisas que não acontecem por acaso, é preciso perde-las para as valorizarmos totalmente ?



quando o mundo acabar é que todos nele vao querer viver .

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é o sentir , o querer , o sonhar. é o escrever, voz muda em pensamento eterno. Viver !