sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ruas

Corro por ruas desconhecidas, não te vou deixar escapar.
Roubaram-me a felicidade do coração com simples palavras venenosas.
E eu, parto a sua procura. Corro com tudo o que me resta , com toda a minha força adormecida.
Quero encontrar o auge da felicidade novamente, corro descalça e nada do que calco me aleija.
Já estou demasiado ferida, que com novas feridas, nem me apercebo da dor.
Esta é a rua da amargura. Perdi a felicidade de vista, e sento-me nas escadas. A dor começa a aparecer, e as lágrimas escorrem-me de tristeza. Os meus pés , perderam a sua textura recheada de força, o meu coração bate levemente como se já não quizesse viver mais. E o meu sentamento afoga-se neste naufrago . Até que vejo a porta de trás fazer um ruído, abro-a e vejo a escuridão, entro e a felicidade esbarra-se contra mim e foge , novamente para os caminhos de ruas perdidas. Ganho força e corro novamente atrás dela , dou tudo por tudo, até que chego a umas escadas repletas de degraus infinitos, não tenho força para subir , não tenho coragem, nem estado físico. Deito-me sobre eles, e adormeço nestes degraus de sonho . De manhã acordo , e a felicidade está a dormir no degrau em cima do meu, mas não a quero agarrar já, só quero saber o que ela tem de tão especial que nunca reparei, quero analisar a sua textura, a sua forma e o seu cheiro. Dizem que a felicidade não se vê, mas eu tenho-a presente em pessoas. E é a ti, que tenciono agarrar.

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é o sentir , o querer , o sonhar. é o escrever, voz muda em pensamento eterno. Viver !