domingo, 21 de dezembro de 2008

Luar


A lua , nesta noite, fria e sombria é a pequena miragem que obtenho da minha janela.
Reparo , hoje, nas suas formas e feitios, nas suas mudanças de posição e na sua rotina. Vejo a sua chegada como choro a sua partida.
A lua é sempre um ponto de referência . A lua é, sempre um ponto seguro .
Existe sim, quem não a aprecie talvez por ela permanecer na noite. Toda a gente tem medo da doce noite ! Eu sempre aprendi a respeita-la, e sempre que preciso de viajar para qualquer lugar, de obter respostas e tomar decisões é essa noite sombria e medrosa que me abre os braços, me agarra na mão e me lança á vida. É sempre esta noite, que me empurra o baloiço quando não tenho forças para ganhar lançe e chegar ao topo.
Recordo-me nessa explusao de memórias da minha infância, da força que cresceu comigo, e das vezes que cheguei ao topo do céu com os pés esticados contra o ar, abraçei-o . Sorri, e o cabelo voava-me , as mãos agarravam aquelas cordas de ferro dos baloiços , com todo o bater do coração simplificado em força. Lembro-me que caí muitas vezes, que sangrei dos joelhos , dos cotovelos e rasguei as mãos, mesmo assim não desisti. Quiz lançar-me sempre novamente !
A lua é a estrela das noites , das noites que me acolhem e me dao vida, que me enchem de força. São essas noites que me param as lágrimas apos derrama-las. É sempre na noite que tudo acontece. A noite não é assustadora, é secreta .

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é o sentir , o querer , o sonhar. é o escrever, voz muda em pensamento eterno. Viver !