quinta-feira, 14 de maio de 2009

sem título

deixei os meus cabelos presos aos raios de sol que o fim do dia me trazia, de leve , vi que apesar de presenciar a Primavera senti o Inverno no meu corpo, percorrendo-me o corpo. Gelei, de saudades gastas pelo tempo, chovi, lágrimas seguidas e incertas de um amor, não apagado pelo tempo. Perguntei-me, a mim e a toda a natureza que me presenciava se estaria eu , a sentir a ferida que ainda não foi curada e foi aí.. foi aí que senti que todo o meu ser sabia o que se passava. O meu corpo, morria, tanto como vivia. O meu coração, ainda tinha o teu nome, soletrado e sussurado ao ouvido do destino, e tu? onde estavas tu? A dramatizar nesse palco que construis-te, feito a falsidade ou hipocrizia. Diz-me onde estás tu ? Será que , um dia perceberás que o teatro foi demais? Mas afinal.. Tu não estás a fazer teatro, é apenas o teu espectáculo de marionetas e eu fui só uma que arrumas-te no baú. Quando o abrires, tira-me daqui, nem que me deites num caixote do lixo, nem que me deixes num beco entredito, numa encruzilhada, mas tira-me daqui, porque o teu espectaculo, não chegou ao fim, mas eu não quero actuar nesse palco decadente , onde a felicidade não é aderente, mas um desenho interdito e requintado de uma vida idealizada, por influências de actores mal encenados.

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