quinta-feira, 21 de maio de 2009

olha para mim

olha para mim, por favor olha. Olha-me nos meus olhos, diz-me, o que vês?
não te peço um exterior, uma descrição abusiva, nem complexa. Apenas que entres em mim. Que não olhes apenas, mas saibas vês. Entra, o que vês?
Não olhes apenas, assim não vais conseguir. Vê-me, dá-me vida, cor. Fecha os olhos ! Tenta mais uma vez, olha para mim, lê-me, desvenda-me. O que vês ?
Não estás a conseguir, eu sei que não. Mas tenta, fecha, abre, fecha, abre. Agora olha, olha para mim. Imagina aqui os meus olhos, que te olham, olhos elameados, enrugados pela vida, mas olhos, os meus olhos. Olha para mim, vê-me, foca-te neles, entre em mim. Suspira, cái por este tunel, e entre em mim, vê o que guardei para ti, o que escondo e do que falo. Vê, olha, sente, prometo, vias perceber ! Mas olha . Não, não olhes só, vê-me.. sente .

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é o sentir , o querer , o sonhar. é o escrever, voz muda em pensamento eterno. Viver !