domingo, 19 de abril de 2009

Vida

Entregam-me a vida num sopro e eu teimo em aprender a soprar. Umas vezes, sopro mais rápido como outras mais baixo, mais leve, mais calmo, mais pensativo. Ás vezes não tenho vontade de soprar, e pergunto-me o que é a vida, porque as vezes a vida não é tão justa como queremos. Ouço lamentos, incertos e vagos. Ouço sorrisos, uns certos outros falsos. Vejo verdade, como vejo mentira. E páro de soprar, esforço-me para viver, mas parece que a vida não quer viver em mim. Já pensei em desistir, mas até gosto de soprar de parar de chorar. É com tudo que aprendo. Acho estranho, as vezes que chorei terem sido mais marcantes que muitas das que sorri, porque de facto as vezes que sorri, muitas vezes, fizeram-me chorar e marcou a dor de perder um sorriso, muito mais do que o prazer de um dia o ter conhecido. Os lemas de vida vão mudando, tal e qual os sonhos e nós vamos mudando com eles. Um dia, conhecemos uma pessoa e damos tudo por ela, mas ela troca-nos . E o tempo avança, e apenas ficam os rastos da sua passagem que um dia ficou marcada no nosso caminho. Haver eternidade agora é muito relativo, quase ninguém sabe o que isso é ! Quase ninguém sente a eternidade em nós . Tornamo-nos meros números, mais uma pessoa na lista, mais um amigo numa página da net ! Agora vivemos tanto por numeros. Vivemos tanto por hi5's , por mensagens, por meras coisas que só servem para dificultar. Tornamos tudo muito mais virtual. Eu , agora vivo por uma mera página recheada de mim, despida de superficialidades. O mundo, devia de ser todo transparente, e não deviam existir tantas coisas que apoiam a tecnologia, apesar de facilitarem muitas vezes , são causa de muitas lágrimas . Deviamos gerir-nos por valores que antigamente eram tratados ! Valores como o amor, como a amizade. Mas não estas novas coisas de dizer amo-te a qualquer pessoa, quer seja amigo/a ou namorado/a. Hoje tomo uma nova posição face ao mundo, adorar e amar são coisas bem diferentes. O amor de amigo é o adorar ! O amor de amar mesmo, sim é o amar . O adoro-te, não é menos forte que um amo-te ! Porque não importa o que a sociedade pensa, importa sim o sentimento com que a palavra é enviada . Por isso hoje, toma tu também uma nova posição ao mundo. Porque não tem muita piada, dizeres amo-te a muitas pessoas , depois quando se ama mesmo, gera tanta confusão .. Porque nunca vemos qual o tipo de amo-te ! Se eu te amar, e tu disseres que me amas, eu vou ficar tão feliz, porque te amo daquela maneira, e tu ao disseres não estás a negar que também o sentes . E depois, se tu realmente não o sentes? Sou só uma amiga.. E aí é que as coisas se baralham, fico revoltada, porque de ti, nunca vi um amo-te circular pelas amigas e porque a mim? que te amo, daquela maneira?
Hoje, tomo pois uma nova posição ! Estou farta de me perguntar porque que as coisas so me acontecem a mim, vou chorar o que houver para chorar, vou afirmar o que houver para afirmar, não vou esconder o que sinto ! E não vou ouvir as vozes do mundo ! Quando há uma causa e se quer de facto essa causa, vamos pois lutar por essa causa, dar tudo por tudo ! As coisas não nos caem do céu, tudo exige luta ! E , tu , faz o mesmo ! Chora, revolta-te, questiona-te, ri, sê feliz. Mas hoje, pula , salta, aplaude os pais ! Deram-te a vida . Bebe um shot, sorri, cai para o lado, e no final de tudo, usa as novas tecnologias para provar aos amigos o quanto os adoras e aquela pessoa o quão importante é para ti ! O quão a amas .
Um amo-te, teria muito mais significado se fosse usado de forma úncia..

Ainda

Ainda sonho contigo, velejando neste oceano. Sinto as ondas, tão fortes e decisivas embaterem no meu pequeno barco, ainda restaurado de mágoas, que teima em encontrar a rota. Perdi-me no teu cais, aparentemente um verdadeiro porto seguro, nunca imaginei que se tornasse o que tornou. Que me cortasses a corda , a que ao teu cais me prendia . Quando a cortas-te , manso e sereno , por passos agéis e impensáveis, eu dormia. Ainda agarrada a palavras, ainda presa ao teu coração. Achei que estavas tão preso a mim , como eu estava a ti. E o meu pensamento voava, o meu pensamento gritava , o meu pensamento era feito de ti. Debaixo da pequena cama deste barco, não haviam monstros, os medos tinham mergulhado na água e foram parar a rios , nos quais todos os remoinhos os levaram e eu estava em paz. Esperava a tua preparação , para partirmos juntos na nossa rota, para navegarmos juntos por palavras, por magias. Mas tu (...) Tu preparas-te-te, mas não para aquilo que as tuas palavras prometiam, mas não para aquilo que o teu coração fingia dizer-me . Preparas-te-te, para me cortar a segurança , e fizes-te-o . O sonho em que vivi, tornou-se então um pesadelo. As minhas velas , feitas do teu carinho, foram ficando mais envelhecidas, meros trapos do destino. E as flores, que semeas-te , idealizando um mastro, murcharam. E esta noite, eu estou aqui. Deitada nesta cama, deixando-me levar pela maré , os monstros assombram-me e ainda sonho contigo, presa a lágrimas. Ainda sonho contigo, recheada de mágoas. Ainda sonho contigo, ainda sonho que tudo não fosse um medo, um pequeno pesadelo e daqui a pouco talvez acorde e ainda esteja presa a ti . Mas eu, nunca estive presa a ti, como tu estives-te a mim.

sábado, 18 de abril de 2009

água

As águas
geladas ou quentes
amantes, benevolentes
rios incertos, decadentes
correntes perigosas, afluentes
passagens secretas, certas
rochedos travados, errados
águas que caem do rosto
lágrimas, fogo posto !

terça-feira, 14 de abril de 2009

acusaçoes


apontas-me a amar.
acusas-me, sem saber.
sem te ter, suporto.
choro, não fui eu.
acredita, estás a errar.
Não queres saber ? Não fui eu.
Tu não ouves, a arma está apontada á minha cabeça.
Escuta-me, não fui eu.
Não me conheces?
Insisto, Presisto.
Não fui eu, estás a errar.
Desisto.
A verdade vem;
Voltas atrás. "Desculpa"
Não acreditas-te, agora é tarde demais.
Não acreditas-te , em quem jamais te mentiu.
Aponto-te a arma do desprezo, perdoa-me, agora é tarde .

sábado, 11 de abril de 2009

é

O amor, para muitos, é um desenho feito a carvão, num papel tão puro como pena de pássaro. quando se cansam de rabiscos, quando vêm que tudo gerou uma confusão, deitam a pena pela janela. Ela voa, livremente, vai-se desfazendo. Quase como arrancar as pétalas de um mal-me-quer que acaba em bem-me-quer. Quando percebem que nas penas é impossível desenhar a carvão, percebem que o amor, jamais foi uma confusão. E ao o deixar-mos ir embora, perdemos e quem sabe é tarde demais

sexta-feira, 10 de abril de 2009

olha-me

passava horas a escrever, o que observo no teu olhar, tão puro e semelhante áquela imensa estrela, que sei que me ilumina sempre, todas as noites .

quinta-feira, 9 de abril de 2009

.

a minha história não tem um fim, muito menos um ínicio . a minha história é um aglumerado de páginas, a minha história é incerta, a minha história não é real, mas no fundo, muito mais que real. brisa, que choca contra o vento. saudade que vai, e não se assume . lágrima transparente, e água inacabada. céus ilimitados, onde sopram ventos de esperança. costumes incertos, risos predominantes, forçados e sinceros.

encaminha-te

vou ter contigo, não vou . Não sei que fazer, para onde me virar, sei apenas que o meu mundo não tem volta a dar. Preciso de te falar, mas não sei por onde começar, começo a escrever, mas saio, a coragem falta-me, não sou assim tão forte para ceder. A mágoa consome-me, o sorriso foge, e eu , de leve tristeza, refugio-me em paredes negras, na esperança, de lá ninguém me encontrar. Mas tu presegues-me, em cada canto estás lá, em cada silêncio, relembro-me da tua voz. Em cada brisa, relembro-me do teu caminhar, tão certo e preciso. O teu olhar, sinto os meus olhos a desesperar. A minha voz irrita-se, o meu corpo treme, não consigo parar . tira-me daqui ! tira-me daqui !

lágrima

é a pequena lágrima, cai levemente da tua íris, recheada de brilho, feito a perfeição. Esboçado a carinho, desenhado com precisão. É uma gota, tão transparente, como a corrente de um riacho, vai descendo, cai do teu queixo, prende-se ao peito. É uma lágrima, triste e cabisbaixa . É um pedaço de música, monótoma e incerta. É um timbre acentuado e de leve apreciado. Mas por outros, preocupados, temem a sua queda. É uma lágrima, somente uma lágrima. Triste, pesa . É uma lágrima, mas não é so uma lágrima.

terça-feira, 7 de abril de 2009

silêncio

o silêncio é perturbador, os sorrisos fogem-me, e a voz cala-se nas simples palavras que tento escrever. Tento procurar quem diria nunca me abandonar, mas poucas são as peças, que o puzzel tão grande nutria, não o posso refazer. Tenho o teu conforto, na almofada onde me encosto, não tão forte como o teu abraço, mas pelo menos, está ali e durante a noite, sei que me ouve, sei que me sente. E por minutos percebe a minha dor, e fica com ela em si . Não há nada que te consiga substituir, a minha energia, prendeu-se no silêncio. A minha força, escondeu-se pelo medo. O meu sorriso rebaixou-se á tristeza. Os meus olhos, ficaram chamarizes de tristeza, e eu chamo por ti. Todos pensam ser fácil, que basta ser forte. Mas só quem o sente é que é capaz de o entender. Não posso parar por um segundo, e mesmo quando estou ocupada, a minha mente está em ti . Mas quando paro, quando paro paro posso chorar, estou livre. Recordo, e as lágrimas caem-me, livres e sucolentas. Amargas e incertas. Tu sabes porque choro, tu sabes melhor que ninguém. A culpada, não fui eu, eu penso que nao, e a culpa foi do teu acto, tão penoso e incerto, tão baixo e impensador, que de mim, fizeram dor. Tira-me daqui, só tu sabes onde estou, só tu sabes o sitio onde me abandonas-te, peço-te , tira-me daqui ou simplesmente, deixa-me sair.

domingo, 5 de abril de 2009

acabou

agora entendo. As cortinas fecharam-se, as luzes apagaram-se, acabou . O fingimento terminou. Jánão ha um teatro para trabalhar, já não tens o guião para decorar, já não tens o ponto , para te ajudar quando das falhas te esqueceres. Agora percebo, não passou disto. Fui a tua marioneta, a tua personagem . Mas quando tu contracenavas comigo, por momentos acreditei , no que dizias, pelo teu olhar. Até o teu olhar e o teu riso conseguis-te fingir tão bem. És um grande actor. Perdoa-me se não sou assim tão grande actriz, ou entrei demasiado bem na peça. Ser actriz é fingir, e eu não fingi, eu levei aquilo assério. Tu falavas e desenrolavas e eu deixe-me levar , pelo que que dizias, pelo que fazias, pelo que em mim despertavas. Mas agora não entendo, porque me fizes-te isto. Magoa saber, hoje sei. Magoa saber, e so hoje soube. Tantas vezes te perguntei, tantas vezes te questionei e tu, sem tolerar respondias o que o coração fingia sentir, e os meus olhos brilhavam, o meu sorriso existia e perdurava. E agora, arrancas-te-me tudo. A vontade, a felicidade. A lealdade e quem sabe a inocencia de acreditar. A verdade de sonhar. Não me arrancas-te o sentimento, destruis-te foi o sitio onde ele vivo, o coração. Só sabes falar por palcos, por mascaras, queria que me olhasses nos olhos, constracenasses comigo novamente, sem teatros, eu e tu na realidade. frente a frente, como se nos estivessemos a preparar para nos confrontar , dois espadachins. Queria isso, uma luta de verdades, estás a precisar de entrar na realidade, mas tenho a certeza, que com uma palavra, a minha espada feita a palavras, te espetaria no bom senso, e quem sabe no coração . Porque foi com isso que tu brincas-te, com o coração. Espero que tenhas noção do que o teu teatro fez . Deixas-te-me no oceano, e não quizes-te saber se consegui nadar até ao ínicio do mar, se embati nas rochas, se chorei e me afundei. Simplesmente, agora pensas que o teatro, ainda não está descoberto. Mas por muito que custe, o tempo passou ! Podias ter relembrado que não sou perfeita, mas sou sincera, verdadeira. E tu? Não quizes-te saber das vezes que ás minhas mãos te agarras-te; Não quizes-te saber das feridas que te curei ! Tu ? Tu não quizes-te saber. Agora entendo, dei-te demais de mim. Não foste mais que o mundo, fizes-te da vida , da verdade um palco, e nele só dramatizas-te mentiras. Porque ? refugio-me , preciso do silêncio, não quero saber mais . Nao preciso de mais, eu e o silencio, longe do mundo. As frases magoam, nao soubes-te cuidar de mim, e agora, também já é um pouco tarde. Ainda pensei , que fosses a tempo de me limpar as primeiras lágrimas, mas até nisso chegas-te tarde. Já muitos a tinham compreendido. Mas quero que saibas que ainda vou querer o dueto, eu e tu . Frente a frente, verso a verso. Queres razão, eu dou-te a razão . Mas tens de lutar por ela, porque quando me apontares o dedo, vais ter 4 virados para ti . E mesmo depois disto, não me revolto, e ainda te amo, e fico aqui.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

preciso de ti

Tu não imaginas . Não imaginas o quanto eu preciso de ti ! Não imaginas o quanto me magoa esta tua ausencia. Este teu afastar penoso e escondido.
Não imaginas , o que és para mim. Tu não imaginas o que os meus olhos são, o que o meu coração é, com a tua presença.
Estava habituada a ti, e tu desabituas-te-te de mim .
Por mais que negues, sabes bem que foi assim. Tu fazes-me andar com um sorriso no rosto, sempre que caía tão bem aquele ''amo-te'' .
Aqueles desenhos, aquelas coisas . Aqueles momentos. Agora, pergunto-me , onde está tudo. Somente guardado no meu coração ? E a ele recorro.
Pego nos momentos que congelei, nos momentos que vivi, e as lições que tive e recebi. Pego no sentimento, ainda tão vivo e tão forte.
Não o tento assassinar, não tento descongelar e deixar voar. Porque mesmo que eu permitisse o seu voo, sabias que o meu coração, gosta de os ter aqui?
Eles entregam uma nova cor ao meu mundo, eles fazem-me animar, ser forte. Eles fazem-me chorar , de felicidade e de saudade.
Mas eu não me importo de nada, não me importo de sentir dor. Minto, importo-me de por em questão a perda que seria não te ter jamais.
ás vezes refugio-me no meu sentimento, fico só eu e ele. O cenário de fundo, torna-se desfocado, os meus olhos enchem-se de lágrimas.
Vem para perto, deixa a longitude, eu preciso de ti aqui. Preciso de te agarrar, de te sentir.
Eu sinto a tua falta, tu sabes bem o que me és, tu sabes bem o quanto preciso de ti.
Mas não fiques porque te peço. Não venhas porque choro. Se quizeres ir , vai. És livre. Mas peço-te não olhes para trás, quem é certo, nunca olha.
Mas eu queria que ficasses, que não fosses. Queria sentir o teu sorriso a acordar-me , queria sentir o vento , perseguir o teu cabelo. Queria soprar-te ao ouvido.
Queria sussurar o quanto te amo, o quanto tu me és. E fica, fica por favor. Não, eu não te posso impor isto, por isso vai, vai e fica.
Só tu sabes o que desejas. Só tu sabes se te dói isto tudo. Diz-me, é normal eu chorar ? Eu penso que sim, mas também não quero passar por uma anormal por chorar.
Eu fecho os olhos e baralho-me. As lágrimas ainda me caem, e eu sinto tanto a tua falta ..
Ouço a tua voz, como da ultima vez, a tua feição, o teu abraço tão forte... Eu vivia por isto sabes ? Eu dava tudo por isto, dava tudo por ti.
Eu dou tudo pela tua felicidade.
Queria que viesses agora á minha beira, queria que olhassemos o céu juntos, do topo daquela torre. Queria contar as estrelas e conjuga-las com as linhas da tua mão.
Queria juntar a soma do teu numero de pestanas, as rugas dos teus lábios traçados a inocencia. Queria sentir a tua mão, unida a minha . Queria dizer-te...
"O céu agora está desta cor. E por ser hoje e tu estares comigo, é a minha preferida".
Custa-te assim tanto, provares que não vais partir? Ou então que o vais fazer (...)
Eu quero-me esconder, eu quero que fiques comigo. Eu quero estar a teu lado, quero proteger-te de tudo, quero limpar as tuas lágrimas.
E chorar contigo.
Quero rir a teu lado, e ver quem consegue fazer o eco maior ! Quero desenhar em conjunto contigo, com os dedos entrelaçados a segurar o pincél.
Quero abraçar-te a nevar, dizer que te amo a nevar. Quero entrar dentro de uma bolinha de neve contigo, nas pequenas mãos de uma criança.
Diz-me alguma coisa, alguma coisa certa. Mas o contrario disto, não mo digas.
Quero desligar as luzes todas e mostrar-te que a tua luz é capaz de iluminar um mundo.
Lembra-te, fica comigo, ou vai embora. Mas, se fores, fecha a porta. Não quero que ninguém entre. Quero ficar sozinha.
Este sonho real, este mundo de cores, este mar de arco-íris, esta lua cheia, esta brisa de saudade. Este sentimento inocente.. É tudo por ti.
Para ti e por ti.
Eu quero-te aqui, eu precisava de te ter aqui.
Estou farta de ver lágrimas encherem as minhas íris, preciso do brilho que neles causas.
És a pessoa mais importante , és aquele . És aquele por quem eu corria o mundo, por quem eu fazia qualquer coisa.
És aquele ... aquele ...
Aquele que amo ! e dizer isto pode parecer fácil, mas é sentido, e muitas vezes é raro ser sentido. No meu caso acredita que é.
Preciso de ti, as saudades consomem-me o peito , preciso de ti...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

talvez precise

Talvez necessite , de um pouco de solidão. Necessito de me retirar do mundo, por momentos, meros segundos, quero fugir ! Quero partir e conseguir perceber. Não sou nada para ti, eu sei que não. Por mais que digas que eu sei bem o que te sou, eu apenas vivo na incerteza, na ignorância. Cada vez , sou menos para ti, cada vez te faço menos diferença. Pouco importa se estou a teu lado, ou do outro lado do mundo. Pouco te importa se recebes uma mensagem , ou nenhuma. Pouco te importa se me perdes, pouco te importa se eu fico... Estou apenas a sobreviver, não consigo perceber. Chicoteia-me esta dor que me trazes , a dor da tua indiferença. Soubes-te viver uma farsa, uma mera discussão de palavras, hoje , não há nada. Há umas lembranças por favor, apenas para demonstrar que afinal estás aquí, mas não estás. Tu não estás aqui ... Tu nem sequer gostas de estar aqui, foges de mim ! Fugis-te de mim. Eu perdi-te, perdi-te e nem percebi, ainda te tinha aqui, dentro de mim e de repente vi que não acompanhavas os meus passos e eu ainda a sentir este amor... Vi que não amparavas as minhas quedas, vi que desistis-te de me proteger, de me amar. Apenas inventas-te sentimentos. Foi isso não foi? Fizes-te dos dias, todos os dias de mentiras. Gostava de saber, qual vai ser o dia da verdade, em que ganhes força, coragem e me demonstres se afinal foi tudo uma mentira, ou se realmente é verdade. Cada palavra, deixou rastos . Sempre disses-te que nunca me magoarias, que jamais iludirias alguém . Que jamais serias como o meu passado , para quem quer que fosse, não eras esse tipo de rapaz. E o que foste tu fazer ? Se não fizes-te de facto o que o passado fez, então é tudo sentido? Então mexe-te, mexe-te antes que seja tarde. Ou então parte , sê novamente como o passado, só mudará o nome, a história, tem mais promenores, mais sentimentos, mais verdades, que afinal, não passaram de mentiras, de ilusões. Quem és tu? O que vai dentro de ti?
Amo-te, e puses-te um ínicio, sem nunca desejar o fim. Mas no desenvolvimento, puses-te dor, mágoa, perda. Puses-te tristura, amargura e revolta . Puses-te dias vazios sem ti, quando tu és tudo o que me preenche.
Eu preciso de ti . Preciso de tudo aquilo que ao meu coração era verdadeiro, e cada momento, jamais repetido no passado, só contigo, tão sentido. O que foi isto tudo? Não me mintas mais.