segunda-feira, 30 de março de 2009

estás ali

estavas ali, a chorar . Não pensei que seria por ele, por um amor que construis-te ao sabor do tempo. Vi quem te incentiva-se, mas os mesmos que o fizeram, largaram-te quando choras. Quando cais-te, perceberam que tinham de se impor dizendo ''eu avisei-te'' . Ninguém te entende? Ninguém entende porque choras? Nestas alturas não precisas de sermões de heróis, precisas apenas de consolo, de um ombro terno e consulador, não desanimes ! Tens-me aqui. Desde que te conheço, o teu sorriso inspira-me, o teu sonho é fantástico e o teu mundo é um brilho. Um aglumerado de estrelas, e tu a maior estrela . Não chores, por favor . Chorar , nestas alturas não é o certo, escuta o lado ainda vivo do coração, o lado ainda vivo e limpido. Aquele que fugiu de toda a mágoa que o amor te trouxe, e por mais errado que penses ser, luta pelo amor. Não tens nada a perder, não tens nada a perder. Vingares-te , seria certo, mas seria errado por entrares no mesmo jogo que ele. Por isso, sê tu propria, sem tirar nem por. Vai á luta, ajoelha-te a seus pés, escreve que o amas na areia da praia, liga-lhe vezes sem conta e desliga, nem que seja só para manteres o recheio da sua voz dentro do teu peito, apenas para alimentares esse amor, que te consome, agora de dor, mas amanha quem sabe te consumirá de brilho ! de felicidade. Se não lutares , nunca saberás se valeria a pena ter investido nesse amor, por mais erros que cometa. E agora , poderei dizer que te estou a avisar, não te quero ver sofrer, não te quero ver chorar. Porque se o fizeres, caso caias, e te derretas. Fica aqui o aviso que não te vou abandonar, eu estou contigo, para o que der e vier, aconteça o que acontecer. Sozinha , não vais ficar.
Mexe-te, vai á luta.

não sei

és incerto. Tanto me amas como me desprezas. Mas temo dizer-te, as coisas não vao sempre assim. Não vão ... A espera vai um dia terminar, e talvez aí tu entendas o que te disse, os gritos que proclamei, as saudades que senti.. Quando fores tu a sentir, mas nesse dia, em que eu partir , não será tarde demais? Não queiras viver no mundo, quando o mundo terminar. Peço ao vento, que leve o meu cheiro , para que nunca te esqueças da minha existência. Mas tu não imaginas, sinto-me tão ... não tenho palavras. Eu não te consigo perceber, não sei o que queres. Não sei como vives. Não sei onde estão todas as juras, todos os desabafos, todos os momentos, todos as gravações... Tu sabes bem o que me és, e o quanto me és . Eu lembro-me de tudo , de tudo o que me disses-te, de tudo... Do quanto me fazias ser especial, o quanto me fazias sentir tão bem ... Não estou habituada a ter-te longe.. Tu não imaginas , o quanto doi as coisas que as vezes lanças. O argumento, de nao falares 24 horas comigo, nao significa que não sintas. Mas sabes, estás errado, quando se sente, não se quer mesmo perder a pessoa, e faz-se de tudo (...) ficar uma hora é complicado, 10 ainda mais, 24horas é uma tortura ... Eu lembro-me de como as coisas eram, e de como de repente ficavam. E não é so de agora, que não tens mensagens ... Já não falavas comigo, com tanta frequência. Já não te preocupavas em inovar os temas ... Bastava dizer «amo-te» , estava tudo bem .. Mas as coisas não são bem assim. O mundo, é feito de plantas, feito de animais, feito de tudo o que jamais imaginamos. E esse tudo, é preciso cuidar. Regar as plantas, tirar-lhe as folhas velhas, só assim é que ela vai viver, estimando-a, cuidando dela... E se a planta morrer ? uma planta não faz assim muita diferença .. mas uma planta, pode levar outras coisas atrás, tu próprio podes-te esquecer de todo o mundo, por 24 horas, que depois esquecer-te-ás durante 48 e assim sucessivamente. Quando deres por ti ... Quando vires que as flores já não estão a florir para ti, que o céu já não está azul por ti, que os caminhos não são fugazes para percorreres livremente, e que as estrelas fugiram todas. Talvez aí, entendas que devias ter cuidado o teu mundo, em todas as alturas. E nessa altura, talvez o queiras ter de volta. Mas ainda irás a tempo? Só quando perdemos aquilo que temos , é que nos apercebemos de tudo.
É escusado perder não é ? É escusado teres de dormir e pensar , no que poderia ter acontecido se não tivesses perdido. Nunca é tarde, é o que dizem. Mas quando tudo morre, tudo acaba, será que há mais alguma coisa a fazer ? Será que basta ? Temos de aprender a estimar aquilo que realmente queremos e entendemos gostar. Aquilo que realmente nos faz bem, eternizar com certeza. Não podemos deixar as coisas perderem-se, excepto se realmente não precisarmos delas.. Mas, eu preciso de ti.. E será que tu só vais entender se precisas ou não quando partir? Quando for embora, quando for eu a entrar pelo comboio e jamais quererei voltar ...? Quando ouço aquele clip de voz, quando vejo os desenhos, quando sinto a tua argola (...) Só queria que nos tornassemos a lua e a agua, não importa quem é quem, apenas ali naquele momento, estivesses deitado sobre mim, calmamente, e percebesses que há coisas que não têm discrição, coisas que basta sentir. Cada momento, cada abraço, cada toque... Cada protecção da chuva, cada magia, cada silêncio, cada brilho no olhar... Há coisas que não acontecem por acaso, é preciso perde-las para as valorizarmos totalmente ?



quando o mundo acabar é que todos nele vao querer viver .

sexta-feira, 20 de março de 2009

partida certa

foste embora, apanhas-te o comboio e não olhas-te para trás. Ainda estou aqui, a correr na situação, mas olhei para a cabine dos vigilantes e vi-te a entrar, através daquele ecrã a preto e branco. Senti a agua nos olhos, o meu mundo ficou assim tão incerto, tão preto. tão vazio ! sinto tanto a tua falta, e não te vi chegar.. ainda não te vi chegar. e é aqui que tudo acontece, fico na esperança. de te ligar, de te abraçar, mas isso não vai acontecer. o telemóvel toca, o telemóvel vibra, entusiasmada vou a ver, não és tu. vi um casaco igual ao teu, umas sapatilhas , um andar, um gesto, um olhar, mas não eras tu, porque inteiramente, ninguém é igual a ti, ninguém se iguala a tudo o que és. preciso de ti ! eu tenho saudades tuas , eu ... eu... eu não sei que fazer. Tu não te lembras de mim ? o dia já passou, se tivesses desaparecido, já estavamos todos prontos para apresentar queixa, já passaram as horas que dão, e eu estou aqui, sentada neste banco, da estação. Todos circulam, uns apressados, outros relaxados. Uns decididos, outros indecisos. Uns felizes, outros recheados de lágrimas. Uns orientados, outros (...) outros perdidos ! e eu estou aqui, não tão melhor que eles, eu estou aqui, sem nada. sem sitio onde me encostar. precisava de fechar os olhos e ver que estás aqui, ao meu lado. Podia ter sido eu a partir, que tu jamais darias pela minha falta, que tu jamais ficarias aqui, como eu , á tua espera. estou a chorar, todos me olham, todos comentam, e quero lá saber ! eu só preciso de te ter aqui, por favor, porque não voltas? eu não sou nada não é? nunca passei disso, e um nada. foram palavras inventadas, fui uma mera experiencia que deitas-te num tubo de ensaio, e quando viste que afinal não ficou da cor que querias, tão bonita como esperavas, abandonas-te, fechas-te o laboratório e sais-te. mas sabes, deixas-te ficar aqui todos os sonhos, os desenhos. será que te vais lembrar, de me levar , de me vir buscar ? a mim, e a tudo o que resta.

terça-feira, 17 de março de 2009

lágrimas incertas

eu chorei sabes ? chorei quando o teu espectaculo terminou e vi que fui um mero utensilio nele, o utensilio, que por momentos de fez brilhar. sentis-te o sabor dos aplausos? desfrutas-te do momento? então ainda bem, ainda bem que viste que o teu valor foi imenso, e que eu era apenas um mero objecto. Mas e se no fundo , eu não fosse apenas o objecto? eu fosse toda a causa daquilo? ou então, seria eu realmente um nada? um nada que sempre será um simples ''nada''.
Hoje vi-te partir, e estou aqui presa á lua (...) quem me dera poder agarra-la, e subir até ela. ou então, quem me dera que ela se aproxima-se de mim, e dela saires tu. As cortinas do palco fecharam-se e tu, sais-te inundado pela fama. Eu fiquei ali, naquele caixote, de marionetas. Com tantas que usas-te, e nunca te lembras-te. porque haveria eu de ser diferente? apenas vou ser igual a elas, vamos ficar aqui, a ver a proxima que te fará brilhar o espectaculo e que caia neste mesmo caixote. Mas eu não vou ficar para ver, eu vou brilhar sozinha, eu (...)